segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Como o tempo passa pra uma mãe.

Primeiro você se liga que a menstruação não veio, daí começa a ansiedade... amanhã? amanhã? Cada dia passa e você já começa a contar cada dia... Pronto, já passou 15 dias e nada (assim foi comigo), vamos pro teste... então os minutos que você precisa esperar o xixi fazer efeito duram uma eternidade... uma eternidade? Duas eternidades! Sério, nunca um minuto durou tanto, nem mesmo na escola quando eu não aguentava mais ficar lá. Daí deu o tempo (que você passa lendo e relendo a bula 5 mil vezes no banheiro) e lá está o resultado: positivo! De repente o tempo é mais veloz que nunca e mais lento que nunca e você, bom no caso eu, não sei se fico até a adrenalina baixar ou se saio correndo do banheiro pra comunicar o pai. "Bom, calma, respira, relaxa que você tá na casa da sogra e eles estão discutindo quem vai limpar a bosta do gato, não é momento, engole aí um pouco". Ok, sei lá eu quanto tempo fiquei lá, pode ter sido 10 minutos ou 1, naquele momento, eu sai de órbita, fiquei flutuando sabe-se lá por onde e por quanto tempo.

Passados alguns minutos, somos nós, pai e mãe. Só alegria! (a-ham)

Então que grávidas e grávidos vivem por semanas, tudo são semanas... a semana do médico, a semana do ultrassom, a semana que vira o trimestre, os sites que mostram o desenvolvimento semana a semana, a semana de data prevista do parto, a semana que talvez ele nasça, uma semana pra não ser  mais considerado prematuro... muitas semanas, pra mim, foram 37 semanas e 1 dia, segundo os exames. Semanas de muito amor, muita fome, muitos quilos a mais, muita pesquisa sobre parto, muito sobre como seria o nascimento do nosso filho, de banco preferencial. As melhores semanas da minha vida.

No dia do parto, o relógio da mãe só tem minutos. Quantos minutos de contração? Quantos minutos entre as contrações? 14? 12? 10? 6? 5? 4? Ok, vamos pra casa de parto, vai ser hoje. E foi.

Ai que amor, meu filho nasceu, quanto amor! Daí que tanta ocitocina faz a pobre mãe não ter a menor noção de nada. Tem que vir enfermeira botar ordem porque senão eu nem parava pra comer, tomar banho, ir ao banheiro... eu só queria ficar lá lambendo a cria. Coisa linda, cheirosa, miúda, nhoinhoinhoi.

Daí você vai pra casa e seu relógio funciona em horas... quantas horas ele dormiu? De quantas em quantas horas ele mama? Que horas são - as pessoas não vão embora? Enfim, logo você acostuma e seu amorzinho nhoinhoinhoi vira o monstro do choro inconsolável! (o terror do recém nascido). E a pobre mãe corre pra internet em busca da salvação e ela lê nos blogs que passa! Ah, vá, mas eu quero que passe agoraaaaaaaaaaaa, socoooorroooooooo! Ele não pára nuuuuuncaaaa. Então os dias duram uma, duas, três eternidades esperando ansiosamente o momento que o marido vai chegar em casa pra você conseguir aliviar sua bexiga e sua fome, já que seu pequeno monstro, ops, filho adorável não te deu 5 minutos de folga nem pras necessidades básicas. E assim passam 3 meses que você acha que vai morrer de camisola cheirando a leite azedo.

Ah! O quarto mês! Meu filho fica 10 minutos feliz deitadinho, sorrindo, olha pra mim, dá pra brincar de chocalhinho. O que são 10 minutos? São lindos e incríveis 10 minutos! Mudam toda a perspectiva de vida da mãe... sim, agora ela não morre mais de camisola, já dá tempo de vestir uma roupa, de beliscar uma comida!

E o tempo passa em tempos de bebê... quando ele dorme? Por quanto tempo? Quando ele está bem pra sair? Que horas é o banho? E assim seguimos, de repente, passou!

Passou? Passou! Meu monstrinho não é mais tão terrível assim.

De repente eu não me ligo mais em quanto tempo passou e os meses passam e eu nem vejo. Mas fica a ansiedade de quando ele vai engatinhar, andar, falar, comer bem, dormir bem... e é engraçado pensar nisso, porque em pouco tempo nada disso vai fazer a menor diferença! Em pouco tempo ele vai estar igual a todos da idade dele, andando, comendo, brincando, falando, cantando! E um mês, uma semana, uma hora ou um minuto não vai mais fazer parte do coração apertado da mãe de um bebê.

7 comentários:

  1. Acho que esse foi seu melhor texto, com zilhões e zilhões de litros de amor escorrendo de cada palavrinha...Fofura sem tamanho...=)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Lindo seu texto, assim como seu pequeno!!!
    Suas palavras, resumem bem o quando é dificil, estressante e ao mesmo tempo, apaixonante e prazeroso ser mãe...

    Parabéns pelo blog, muito legal!
    Fico esperando o próximo post... rs

    Glicia (amiga do Henrique)

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    1. Que legal :D

      Pode sugerir assuntos também, perguntar coisas, daí me ajuda a saber o que escrever rs

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  4. Muito bom Carol! nós que observamos todos os momentos de camarote, podemos confirmar que cada minuto, horas e dias passaram assim como o descrito! adorei =) beijos Luiza

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