Momento mãe babona. É, estou numa fase absurdamente babona... o Linus está beirando os 2 anos e está longe de ser terrible, apenas lovely twos!
Sempre leio que com 2 anos as crianças são terríveis, mas o Linus está cada vez mais amor! Não sei se é por conta do primeiro ano infernal que tivemos (sim, foi incomparavelmente pior do que qualquer outro bebê que eu vi ou li a respeito e ainda deveria escrever sobre isso! rs) e assim meu nível de tolerância acabou ficando muito alto, deve ser, ou ele é mesmo um amor!
Agora ele está começando a falar e isso torna a nossa vida absurdamente mais fácil, a gente pergunta e ele responde! Claro que a gente tem a tecla sap ativada, mas a conseguimos minimamente nos comunicar, então mesmo que ele não fale nada, ele sinaliza de alguma maneira com o corpo, ou tenta falar mesmo e é muito fofo. E ele também pede, o que pra alguns pode ser terrível, pra nós é beleza pura conseguir entender o que ele quer, sem resmungação e choro, é muito avanço na nossa vida... porque o Linus nunca foi de esquecer e desencanar, ele sempre foi insistente em tudo que ele queria, mas a gente nunca sabia o que era! Sem contar que a vozinha dele é linda demais, nunca na vida eu pensei que ia achar tão encantador alguém falando errado! Tenho vontade de guardar pra ouvir no futuro, mas ele nunca fala se pedimos ou em frente a câmera...
E comer? Ele come muito bem! Ainda existem algumas coisas que ele não gosta, algumas texturas que não descem bem, mas ele come sem problemas a nossa comida de sempre e come uma quantidade boa! Eu sempre lembro da fase que ele não comia uma colher sequer! Hoje em dia isso não acontece mais, ele pode até recusar alguma coisa, mas só se for alguma comida diferente, então, é só manter a rotina que ele come muito bem, inclusive frutas e água.
E o sono? O sono não tem nem comparações... hoje ele dorme sem mamar e imenda 8h sem problemas! E pra voltar a dormir, é só deitar do lado e fazer um carinho, sem colo, sem choro... nunca imaginávamos que esse dia ia chegar! Mas chegou e é lindo :D
E a amamentação? Hoje ele já entende que não mama mais na rua/ metrô/ ônibus, mesmo que ele queira fora dessas condições, ele não pede, fica um pouco emburrado, mas logo passa... e ele também entende que só mama 2x por dia e não pede mais que isso, às vezes passa o dia com uma mamada só. Ele compreende as regras e respeita! Acho isso um avanço incrível... antes, até pouco tempo atrás, ele mamava de 2h em 2h e dava chilique sempre pra mamar... a amamentação já estava virando um problema pra mim, mas ele entendeu bem a nova rotina :)
E a socialização? Ele ainda é bem tímido e tem seus momentos, mas num geral está mais solto, se permite estar com outras crianças nos parquinhos sem problema, já entende o que é se despedir, o que é carinho, sabe esperar, num geral entende que as coisas tem uma ordem e ele é bem mais calmo, bem menos chorão e bem menos manhoso e isso acho que se deve a escolinha.
E as manhas? Estão menores e menos frequentes! Ele tem consciência do que ele faz que é certo ou errado, do que achamos legal ou não e por conta disso, ele mesmo se porta de maneira melhor e mesmo que alguma coisa desande, é um choro mais rápido e é mais fácil acalmá-lo.
Por tudo isso, estou muito orgulhosa do meu pequenininho!
sábado, 8 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
A bola roubada
A gente tinha uma bola que ficava no quintal, nunca guardei dentro de casa... daí que um dia senti falta dela e imaginei que o menino vizinho tinha pego ela, afinal já fazia alguns dias que ele estava pulando o muro que junta minha casa com o terreno baldio aqui do lado... mas não quis falar nada sem ter certeza e de qualquer maneira, era só uma bola... eu estava mais preocupada com o menino.
Mas antes de continuar a história, vou falar sobre esse menino. Ele tem uns 9 anos de idade e tem uma irmã de uns 6 anos de idade, eles moram numa casa onde moram 26 pessoas, todos funcionários de um restaurante aqui perto, a maioria deles são homens e eu nunca vi a cara da mãe deles. A casa é um lugar onde ninguém limpa, cuida ou minimamente tenta manter organizado, já vi um dos caras jogando bituca de cigarro pela janela, já vi todo tipo de lixo no quintal deles, dá pra ver a distância o lixão que eles acumulam. Nunca vi ninguém conversando ou brincando com essas crianças.
Continuando... daí que sábado estávamos voltando pra casa a tarde e eu vi o menino e a menina brincando com a bola no quintal deles, daí era fato, ele tinha pego a bola, bom roubado a bola mesmo. Daí decidi que ia falar com ele.
Na segunda quando daí pra levar o Linus na escolinha, eles estavam no quintal e eu chamei e disse que queria falar com ele, daí ele quis empurrar a irmã, eu insisti e ele veio. Daí eu disse que sabia que ele tinha pego a bola, que ele podia pedir, que a gente emprestava, que não era problema... ele só soube insistir que não foi ele, que foi outro menino, então eu disse que não importava quem foi, mas que era pra ter pedido, pra ele dizer pra quem pegou, que da próxima, pedisse, que não tem problema nenhum em pegar emprestado, mas pegar assim não podia. Enfim... acho que não cheguei em lugar nenhum... e fiquei pensando nisso tudo...
Pensei no quanto ele deve estar acostumado a receber a culpa por qualquer coisa, que é automático pra ele tentar se esquivar, que ninguém nunca deve mesmo conversar com ele e acreditar na capacidade dele de explicar e escutar os fatos e fazer acordos... e também pensei na minha falta de jeito, na minha defensiva de não fazer nada se vejo a outra pessoa incomodada com alguma coisa que fiz... porque sério, eu poderia ter insistido, ter sido mais afetuosa, mas eu senti que o menino estava desconfortável e eu só queria sair correndo e me sentindo mal por não ter resolvido alguma coisa e só ter sido mais alguém que o acusou de ter feito alguma coisa errada.
No fim das contas ele não assumiu que a bola estava com ele, nem devolveu obviamente. Eu também não pedi de volta, e o assunto ficou por isso mesmo.
Mas antes de continuar a história, vou falar sobre esse menino. Ele tem uns 9 anos de idade e tem uma irmã de uns 6 anos de idade, eles moram numa casa onde moram 26 pessoas, todos funcionários de um restaurante aqui perto, a maioria deles são homens e eu nunca vi a cara da mãe deles. A casa é um lugar onde ninguém limpa, cuida ou minimamente tenta manter organizado, já vi um dos caras jogando bituca de cigarro pela janela, já vi todo tipo de lixo no quintal deles, dá pra ver a distância o lixão que eles acumulam. Nunca vi ninguém conversando ou brincando com essas crianças.
Continuando... daí que sábado estávamos voltando pra casa a tarde e eu vi o menino e a menina brincando com a bola no quintal deles, daí era fato, ele tinha pego a bola, bom roubado a bola mesmo. Daí decidi que ia falar com ele.
Na segunda quando daí pra levar o Linus na escolinha, eles estavam no quintal e eu chamei e disse que queria falar com ele, daí ele quis empurrar a irmã, eu insisti e ele veio. Daí eu disse que sabia que ele tinha pego a bola, que ele podia pedir, que a gente emprestava, que não era problema... ele só soube insistir que não foi ele, que foi outro menino, então eu disse que não importava quem foi, mas que era pra ter pedido, pra ele dizer pra quem pegou, que da próxima, pedisse, que não tem problema nenhum em pegar emprestado, mas pegar assim não podia. Enfim... acho que não cheguei em lugar nenhum... e fiquei pensando nisso tudo...
Pensei no quanto ele deve estar acostumado a receber a culpa por qualquer coisa, que é automático pra ele tentar se esquivar, que ninguém nunca deve mesmo conversar com ele e acreditar na capacidade dele de explicar e escutar os fatos e fazer acordos... e também pensei na minha falta de jeito, na minha defensiva de não fazer nada se vejo a outra pessoa incomodada com alguma coisa que fiz... porque sério, eu poderia ter insistido, ter sido mais afetuosa, mas eu senti que o menino estava desconfortável e eu só queria sair correndo e me sentindo mal por não ter resolvido alguma coisa e só ter sido mais alguém que o acusou de ter feito alguma coisa errada.
No fim das contas ele não assumiu que a bola estava com ele, nem devolveu obviamente. Eu também não pedi de volta, e o assunto ficou por isso mesmo.
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