quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Seu filho briga pra dormir? Dorme mal?

Comenta aí pra me consolar sobre sua história...... depois quando me restar alguma energia eu discorro mais sobre nosso caso... vê se vem algum bom humor nesse momento! rs

Pra ter noção, são 2h de luta pra ele dormir e se nega a dormir por tudo tudo... ontem gritou por mais de meia hora, inclusive de madrugada. Hoje enfiou a mão na goela até vomitar.

E a paciência?!

São mais de 2 anos nesse ritmo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A natureza da dependência

Na verdade eu queria ter escrito sobre como eu acho ruim um desmame abrupto assim como qualquer outra etapa na vida de uma pessoa ser feita sobre pressão forçando uma coisa além do limites dessa pessoa e como isso gera um trauma e principalmente em crianças e bebês. Mas como ando sem jeito pra parar pra escrever e nas minhas idas pelas blogosfera, achei esse texto que achei muito bom, resolvi publicá-lo aqui.


A NATUREZA DA DEPENDÊNCIA
Recentemente, conversei com uma amiga que teve seu primeiro bebê há seis meses. Essa amiga comentou que iria começar a dar a mamadeira para seu bebê de forma que ele pudesse ter comida sempre que desejasse. O que eu realmente pude sentir foi que ela creditava que poderia, através disso, ensinar seu bebê a ser mais independente e que, por isso, talvez, sentisse que a dependência de sua criança fosse causada por uma deficiência dela. Nota-se que minha amiga partilha das concepções erradas que existem atualmente de que a dependência é ruim e a independência é algo que pode ser ensinado. Mas ai existe um engano. A independência é uma condição que surge da própria relação da criança com a dependência.

Nós temos um preconceito cultural muito grande em relação à dependência. Qualquer emoção ou comportamento que indique fraqueza representa dependência. Isto fica evidente na maneira como nós forçamos nossas crianças a realizarem coisas que estão além de seus limites pessoais. Com isso, estamos afirmando que os padrões externos são mais importantes que a experiência interna da criança. Fazemos isso quando desmamamos nossas crianças em vez de confiar e acreditar que elas possam fazer isso por sua própria conta e na hora certa; quando nós insistimos que nossas crianças se sentem à mesa e comam toda a comida só porque achamos que o alimento que escolhemos é mais saudável e eficiente, em vez de confiarmos, que eles comerão bem, comendo o que está de acordo com o apetite deles; e quando nós os treinamos para a higiene numa idade muito precoce em vez de confiar que eles aprenderão usar o banheiro quando eles estiverem neurologicamente prontos.

Quando nós, que somos pais, assumimos que sabemos o que é melhor para nossas crianças no que diz respeito à experiência interna deles, e que somos nós que temos que lhes mostrar quando e como realizar determinadas tarefas características do desenvolvimento humano básico, nós os ensinamos que os padrões externos são mais importantes e mais precisos do que os que eles sentem e pensam.
Dois estudos científicos recentes refletem este preconceito cultural que despreza a fraqueza e a dependência das crianças. Um dos estudos comparou crianças que iam ser e estavam no colo de suas mães e crianças que foram vacinadas sem a presença de suas mães. As crianças que foram vacinadas na ausência de suas mães choraram muito menos. De posse desses dados, os investigadores concluíram que seria melhor que os pediatras desencorajarem a presença das mães durante vacinação porque as crianças poderiam controlar melhor suas reações às injeções na ausência delas. Obviamente, os investigadores deste estudo foram parciais no que diz respeito às expressões emocionais e acreditaram que a expressão emocional das crianças sob tensão era uma forma de fraqueza.
Minha experiência é bem diferente. Eu notei que meus quatro filhos comportam-se de formas diferentes quando nós estamos em viagens ou estamos longe de casa. Nas viagens, eles controlam bem coisas, se dão bem entre si, e aceitam horas irregulares de sono irregulares ou mudanças na alimentação, mas ao voltar para casa é que as coisas mudam. Em casa, eles brigam, choram, e brincam. Eu acredito que esse é um comportamento normal para pessoas de todas as idades. É comum que as pessoas se unam quando enfrentam uma situação estressante ou então, isolarem-se e mesmo brigarem quando estão em território seguro. Para uma criança, o território seguro é a casa, a mãe, ou o pai.
Então, era perfeitamente normal para aquelas crianças que iam ser vacinadas, chorassem sob a tensão da experiência, na presença de suas mães. A presença das mães dava-lhes liberdade e confiança para que chorassem. A conclusão deste estudo poderia ser: Que é melhor que as mães das crianças estejam presentes quando as crianças forem vacinadas. Assim elas podem controlar melhor a sua experiência de sentir medo, expressando-o.
Um estudo administrado por Margaret Burchinal da Universidade de Carolina do Norte em Chapell Hill, e publicado em fevereiro 1987 na Psychology Today, compararam crianças jovens que foram cuidadas em casa por suas mães desde o nascimento, com outras crianças que haviam ficado em creches desde a tenra infância. Este estudo concluiu que as crianças criadas fora de casa pareciam menos inseguras do que aquelas que haviam ficado em casa com suas mães. Poderíamos discutir que o que "parece" ser insegurança é uma avaliação subjetiva que não tem bases cientificas. Minha experiência diz que a insegurança é uma resposta absolutamente "apropriada" e normal. As crianças jovens são especialmente sensíveis a pessoas novas em seu ambiente, e esta sensibilidade muda na medida em que seu ambiente se altera. Por exemplo, cada um de meus filhos relaciona-se de forma diferente com estranhos. Esta diferença está diretamente ligada com quantas pessoas nós encontramos fora de nossa casa. Meu quarto filho que cresceu fazendo contato com muitas pessoas que trabalhavam comigo na revista, às vezes parece uma criança mais segura do que minha primeira filha que foi criada num ambiente rural, onde era vivia mais isolada.
As pessoas que estudam animais lhe dirão que bebês animais, conhecidos por sua curiosidade, são mais cautelosos que curiosos. Seria a precaução ou a cautela consideradas uma forma de insegurança? Às vezes agimos como se desejássemos que nossas crianças "surgissem do útero", completamente socializadas, e não aceitamos as experiências que elas têm com o mundo e nem suas personalidades individuais. Mas é simplesmente o passar do tempo que desenvolve a socialização. Não há como apressar isso sem causar problemas.
Quando rejeitamos as expressões de fragilidade da criança - comportamento que nós também rejeitamos em adultos - nós criamos uma guerra dentro delas. Em primeiro lugar, nós estabelecemos um padrão arbitrário de comportamento que pretende determinar o que é melhor para que eles possam construir a própria experiência. Por outro lado, nós lhes ensinamos o hábito de rejeitar respostas imediatas e afetivas em favor da razão e do intelecto.
Foi só recentemente que eu comecei a aprender a aceitar as emoções mais "frágeis" de meus filhos. Quando minha primeira filha (agora com 12 anos) era um bebê, eu ficava assustada cada vez que ela se feria. Eu corria para acudi-la porque eu achava que aquela era uma experiência terrível com qual ela não tinha condições de lidar. Minha resposta exagerada ensinou minha filha a acreditar que se ferir, era uma experiência terrível e insuportável. Já com meu quarto filho eu agi diferente. Quando se fere, ele faz um tremendo barulho. Mas eu não corro ou fico em pânico. Eu não tento fixar nele ideias ou sentimentos que são meus. Ela grita e corre, e eu tive que me treinar para deixa-la se arranjar. Aceitando sua resposta emocionalmente rica, e tratando o dano que ela sofreu com carinho e sem indiferença, observei que sua reação emocional "extrema" normalmente é curta. Quando ela pode sofrer sua realidade emocional completa, ela logo fica livre para abandona-la e entrar em contato com outras realidades que vão surgindo nos momentos seguintes.
Certamente, algum controle de nossos impulsos internos é necessário na medida em que vivemos como seres sociais. É através desse tipo de controle que nós aprendemos o que é um comportamento socialmente aceitável como, por exemplo, usar um banheiro, comer com uma colher, e vestir determinadas roupas. Mas quando este controle da experiência interna pelo intelecto torna-se moralista em vez de ser socializada e prática, quando fica muito extremada, ou quando nós insistimos constantemente em fazer nossos filhos a acreditar que nós sabemos o que é melhor para eles, nós lhes roubamos o direito inato e essencial da auto-regulação.
A criança que cresce com essa falta de senso de auto-regulação, desconfiada de si própria e de sua própria experiência interna, pode se tornar um adulto vitimado por hábitos ruins. Quando eu olho à minha volta e vejo a maioria das pessoas lutando com comportamentos compulsivos - comendo demais, sendo excessivamente responsáveis, fumando cigarros, tomando drogas, se matando de trabalhar, se embebedando com álcool ou que vivem em busca de um guru - tentando de algum modo achar a perfeição fora de si próprio ou tentando se esforçar obsessivamente para encontrar a "perfeição".
Eu acredito que estas compulsões e hábitos têm suas origens nas repressões aparentemente bem planejadas da infância. Uma criança a quem é ensinado exercitar o controle se utilizando padrões externos, cria uma divisão interna que gera conflitos entre o que é imediatamente experimentado e o que se supõe que poderia ser. Aprende a acreditar que há um modo perfeito de ser.
Nossa função como pais, é entender e honrar a natureza de dependência na criança. Dependência, insegurança, e fraqueza são estados naturais para a criança. A bem da verdade, estes são estados naturais para todos nós, mas para as crianças - as crianças especialmente jovens - são condições predominantes. E eles serão superados. Da mesma maneira que nós deixamos de engatinhar e começamos a andar, deixamos de balbuciar e começamos a falar, passamos da condição assexuada da infância para a sexualidade da adolescência, nós atingimos nosso fins. Como humanos, nós nos movemos da fraqueza para a força. Nós passamos da incerteza ao domínio. Enquanto nós nos recusarmos reconhecer as fases que vem antes do domínio, estaremos ensinamos para nossas crianças a odiar e desconfiar de sua própria fraqueza, e os introduzimos numa vida cheia de tentativas de reintegrar as suas personalidades.

Eu não posso insistir na importância de confiar em nossos filhos; de confiar inteiramente neles. Ao aceitarmos as fraquezas deles como também as suas forças, suas emoções feias como também as suas emoções bonitas, os seus desastres, como também os seus triunfos, a dependência deles como também a sua independência, estaremos lhes dando um presente para uma vida inteira Eles serão pessoas inteiras que não estarão em conflito consigo mesmo e, o que é mais importante, não estarão em guerra com outros.

É da natureza da criança ser dependente, e é da natureza da dependência ser superada. Odiar a dependência porque ela não é independência é o mesmo que odiar o inverno porque ele não é a primavera. A dependência vai florescer em independência a seu próprio tempo.
Texto de Peggy O'Mara, Editora da revista Mothering (Maternagem)

retirado daqui: http://gaama.bebeblog.com.br/86653/Diga-NAO-ao-desmame-abrupto/

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Segundo aniversário do Linus! (post mega atrasado)

Dia 5 de outubro o Linus completou 2 anos! E dia 6, sábado, fizemos a comemoração, que foi muito legal.

Mas falando por partes, desde o começo:
Primeiro eu não sabia um tema pra festa, queria fazer de construção e afins, já que ele adora uma pázinha, cavar, mexer em pedrinhas e atividades do gênero... depois com o tempo, mudamos de idéia e nos empolgamos muito com a idéia de nos inspirarmos no desenho favorito dele na época, que é o Meu Vizinho Totoro!

E planejamos tudo, uma festa feita por nós mesmos, decoração e comidas... nada foi comprado pronto. Passamos muito tempo envolvidos nessa tarefa, mas foi muito recompensador.

E o que foi feito?
Primeiro, começamos com a decoração, algumas semanas antes...
Fiz dois bonecos Totoros maiores, 5 totorinhos e 4 do branquinho, que não tem nome, mas aparece no filme. Todos em papel machê! Levou um tempão pra ser feito, deu pra nunca mais querer inventar de fazer coisas em papel machê! Depois o Henrique pintou e ficaram uns amores... espalhamos pela sala e as pessoas puderam levar embora no final











E continuando com a decoração, fizemos os Susuwataris, que são como bolinhas de fuligem, que também são bem importantes no filme, eles vivem nos cantos da casa e vão embora quando percebem que a nova família já se instalou lá... fizemos com papel seda e colamos olhinhos de bonecos. Também recebemos ajuda de amigos pra conseguirmos finalizar essa parte! Penduramos com fio de nylon pela sala, muitos muitos deles! (e eles continuam pela sala até hoje).





Fizemos plaquinhas com o desenho de personagens para indicar as comidas, mas como não tenho fotos, vou ficar devendo, vou ver depois de o Henrique tem as imagens em arquivo, pra mostrar como ficaram! E ficaram lindinhas!

E o que teve pra comer?
Bom, decidi dar prioridade pra um cardápio vegetariano, já que muitos dos nossos convidados eram vegetarianos.
E ficou assim:
Para os salgados, aproveitamos que temos churrasqueira e fizemos:
- Espetinhos de cogumelo, tofu e pimentão
- Espetinhos de abobrinha, tomate e queijo coalho
- Milho assado

A parte da churrasqueira, fizemos:
- Pastel de queijo
- Pastel de carne
- Oniguiri (um bolinho de arroz japonês, que não deu muito certo porque eu nunca tinha feito antes, mas comeram tudo)







E doces? Também preferi escolher doces mais saudáveis e ficou assim:
- Salada de frutas
- Gelinho/ geladinho/sacolé de vários sabores, todos de suco natural
- Brigadeiros com cacau (e decorados)
- Bolo de laranja recheado com geléia de morango sem açúcar com cobertura de chantilly e alguns detalhes em pasta americana.

(Comentário sobre o bolo: estava um calor absurdo, o bolo suou todo, e na noite anterior, muitas partes do bolo escorreram! Isso que dá inventar um plano muito complexo sem ter experiência em confeitaria! rs)








De bebida teve suco de limão, suco de maracujá e cerveja.

Os pratinhos e talheres são reaproveitados da primeira festinha e assim serão até se quebrarem!
As toalhas eu só comprei um tecido e cortei no tamanho que precisava... na 25 de março é possível achar muita coisa com preço acessível.

E a festa?
Bom, os adultos comeram e beberam o tempo todo e as crianças brincaram o tempo todo!
Pensando nas crianças, coloquei todos os brinquedos do Linus no quintal, comprei giz de lousa para desenharem e por sorte temos um ótimo quintal, que dá pra todo mundo brincar de tudo um pouco!
As crianças interagiram bastante, ninguém chorou, todos brincaram e dividiram tudo, foi muito legal mesmo!





 


O Linus brincou muito, mas não aproveitou nada da comida, ele que já é cheio de manias pra comer, ficou bem perdido em relação a rotina, tive que dar umas fugidas com ele, pra ele comer o arroz de todo dia rs. Mas tirando isso, pra ele foi bem divertido, foi muito bom ver ele entre tanta gente brincando sem pudores!

E eu e o Henrique aproveitamos pouco da comida também, já que ficamos indo pra todo lado o tempo todo, abrindo a porta pra quem chegava ou vendo se o suco já tinha acabado, se os espetinhos estavam assados... mas gostei de ver que todos estavam a vontade, comendo, conversando... ninguém parecia estar achando um saco e isso já fez tudo valer a pena :D
Pudemos rever amigos e comemoramos o aniversário do nosso bebezão com um clima caseiro e aconchegante, como se todos fossem de casa :D

(Fica aqui um grande agradecimento a todos que nos ajudaram a fazer essa festinha acontecer! Obrigada!)