Olha, eu não sei dizer exatamente... assim, ao mesmo tempo que é muito normal como conviver com qualquer outra pessoa, com altos e baixos, também tem o lado de que essa pessoa é uma pessoinha sem moral e julgamentos que depende dos seus pra se adaptar ao mundo ao redor. E isso pesa muito... pesa porque se você parar pra pensar, isso é uma coisa boa, que todos desejam, mas não, sabe? Ninguém quer ser julgado, cobrado ou algo assim, mas como mãe você cai nessa condição e não é tão legal assim... não é porque nessas, das duas uma, ou você fica noiada que ele vai aprender tudo de você então você precisa de mais auto-controle do que você já teve na vida toda... ou você vai se permitir comportamentos que você nunca teria com mais ninguém.
Na verdade estou falando isso porque hoje eu fiz uma coisa que eu nunca fiz, e pensando a respeito, me liguei que só fiz isso porque era com o Linus, por conta disso tudo que acabei de falar e depois me arrependi, sei lá... as consequências não são legais. Enfim, o caso é que o Linus jogou um caminhãozinho de madeira no meu pé descalço e eu fiquei puta porque doeu desgraçadamente e peguei o brinquedo e joguei longe e ele se espatifou. Depois o Linus chorou muito e muito confuso e soluçando e gaguejando foi recolhendo as partes e me dando, como se eu fosse milagrosamente juntar tudo de novo... foi triste, mas ao mesmo tempo eu só fiquei meu pasma com a minha reação e estou pensando nisso até agora... sabe, ele anda jogando coisas e batendo com as coisas na gente e não adianta muito falar que não, no máximo adianta tirar das mãos dele a troco de choro e segurar-lo pra ele não dar tapas na gente com as próprias mãos... daí há aquele pensamento de que se ele ver uma reação dessa ele vai entender que dói, que faz mal de alguma maneira agredir alguém. Péééé! Errado, muito errado, porque só por hoje eu já pude ver que ele ficou ainda mais frustrado e quis bater muito mais, como se aquela cena toda estivesse mostrando que quando nos sentimos mal, temos o direito de destruir alguma coisa. Daí fiquei pensando nessa minha derrapada maternal... por quanto tempo isso vai ecoar no comportamento dele, se vai passar ou vai ser um desses comportamentos subconscientes que temos pelo resto da vida... é, eu vou muito longe! Sou muito preocupada com a maneira de mostrar a ele como se relacionar com o mundo e eu sei que eu mesma não sou um sucesso social! Tenho problemas que nem eu sei dizer e não queria que ele tivesse tantos quanto eu.
O caso é que maternar não tem manual, isso que eu fiz, pra mim significou muita coisa, pra outra mãe pode ser corriqueiro... e isso não quer dizer que o filho de um ou de outra vai ser uma pessoa melhor ou não, tanto porque as variáveis são tantas e a gente acha que tem algum controle, mas tem tão pouco! Quantas pessoas conhecemos que cresceram na mesma casa, são indivíduos tão diferentes entre si?
Acho que o difícil é a nossa relação com o que nos comprometemos, com o que idealizamos e não exatamente nossa relação com nossos filhos... a relação com os filhos é fácil, difícil é lidar com nossos monstros pessoais. Toda dificuldade brota de nós mesmos e não do outro. Será?
Oi Carolina!Estou na mesma que vc, depois dá uma passada no meu blog e vai entender rs!Olha, maternar é muito mais difícil que pensei, este auto controle que temos que ter é mega difícil, estou tendo muita dificuldade com isso. Theo tem apenas 10 meses e faz umas coisas que me deixam irritada e sem saber como agir, daí em vez de agor eu sento e choro!Olha que ridículo!Hj ele não entende, mas um dia ele vai crescer e não pode ver a mãe desistindo e sentando para chorar, esgotada.
ResponderExcluirComo eu queria ser melhor, até porque sonhava com mais filhos, mas ser mãe me fez ver que precisamos estar sempre nos controlando,são tantas dúvidas,tanta coisa que não vem no manual e ninguém nos ensina...Enfim,não vim aqui te aconselhar até porque to passando praticamente pela mesma situação, mas vim te tranquilizar que o que sentes é normal e acontece com muitas de nós.
Boa sorte para nós nessa de maternar.Sabe nosso diferencial??A gente se importa com isso.Tem mães que simplesmente não tão nem aí.A gente comete falhas, mas se importa e reconhece.Isso é um indício que conseguiremos melhorar.
Bjão querida!
O Linus sempre me deu um trabalhão, ele não é parâmetro! Perto de todos os outros que conheci, ele é de longe o mais carente, grudento e dependente de todos... e daqueles que não comem e não dormem! Sei lá eu como tive tanta paciência no primeiro ano! Depois de um ano ele foi ficando mais legalzinho, também porque nos mudamos pra uma casa com quintal e isso ajudou muito e logo ele andou e ficou mais independente, daí eu me acostumei com essa versão mais tranquila e quando ele regride as épocas de ficar grudando em mim o tempo todo (sem exageros, ele abraça minha perna e chora até eu pegar e dar o peito - pra sempre) eu fico sem paciência! Fico brava mesmo, não entendo e nem quero um menino pendurado em mim o tempo todo! E isso inclui na hora de dormir que tem dias que ele acorda se eu saio da cama! Imagina isso? E como eu faço comida, lavo a louça, a roupa? rs Como eu fico? E haja paciência e criatividade pra driblar a ferinha! Só que agora versão agressiva! É difícil! Mas passa né? É nisso que a gente se abraça pra continuar! E tem dias bons e ruins... como tudo na vida!
ExcluirE sobre ele te ver esgotada, eu acho que a gente tem que se libertar dessa imagem de inquebrável e permitir que eles nos vejam como pessoas normais, pra que nos tratem como tal, que saibam que também precisamos de ajuda, inclusive a deles.
E sim, reconhecer a nós mesmos é um grande passo pra melhorar!
Beijo, valeu pelo comentário! ;)
Olha, não acho que Theo seja diferente do Linus não, porque ele faz exatamente isso, abraca minha perna chorando ate que eu o pegue no colo.Quando eu solto ele da perna ele chora tanto, que engasga e forca vomito(digo aqui em casa que ele sera ator da Globo quando crescer rs!).
ExcluirTheo eh uma criança realmente grude,as pessoas que tem filhos que vem aqui em casa sempre dizem que ele eh realmente muito manhoso e que "a culpa eh minha" e la vou eu explicar que a culpa não eh minha, que não mimo, que sou sozinha o dia todo, pq marido chega e Theo ja dorme, que arrumo casa, faco comida e que não nego colo, mas tb não tenho condição de dar colo 24hs como ele quer, mas ninguém acredita claro rsrs!
Vou me segurar nessa de que eh fase e vai passar, aff!
Beijo e bom fim de semana!
A verdade é que cuidar de uma criança é que nem aquele lance de mante vários pratos girando equilibrados... um numero incontável de pratos, rs...
ResponderExcluirAcredito que somos responsáveis por alguns pratos, mas não por todos. A duvida é de quais devemos cuidar. Acho q a resposta seria, devemos cuidar do possivel... os demais serão segurados por mim em alguns momentos, outros pelo Linus mesmo (acho q ele ja faz isso inclusive), outros por pessoas q nem imaginamos, mas a brincadeira é pra vida inteira.
Alguns quebrarão. Só resta torcer pra que não sejam mtos.
Mas posso te adiantar, que suas antigas habilidades circenses não foram de todo perdidas!
Vc é uma equilibrista excepcional!
<3
Oiii!
ResponderExcluirParabéns!! Vim te pedir pra mandar teu endereço para kidsindoors@gmail.com
Te mando o livro essa semana mesmo!!! Parabéns!!!
Eu concordo com o Henrique e sinto que estou tenatndo equilibrar pratos o tempo todo e também como estou educando futuros cidadãos eu acho a tarefa extremamente difícil e de muuuuuuuuuuita responsabilidade!!!
Abraços, gisele e kids